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Mãe África
 

 

Mulher Negra, Dignidade e Identidade

 
4. Conclusão
 

O cotidiano e o imaginário de mulheres negras e brancas revelam os diferentes conceitos sobre seu corpo e sua participaçaõ em nossa sociedade. A tradição judaico-cristã determina as posições para dormir, ficar de pé, sentar e descansar segundo suas formas de expressão. Assim, o que é sexualmente excitante e estimulante numa cultura, é repelente e vergonhoso em outra. Assim, os indivíduos nascidos em sociedades diversas, sujeitos a diferentes tradições, apresentam hábitos e costumes corporais distintos, sendo que as religiões são responsáveis pela compreensão da sociedade, sendo um fato social. Nele a ordem fisiológica material se une à ordem ideológica moral, como signos nos quais se encontram e se reúnem o sensível e o inteligível, o significante e o significado. O diálogo do ser com o dever ser se estabelece. O corpo significa ao mesmo tempo VIDA e MORTE, o normal e o patológico, o sagrado e o profano, o puro e o impuro.

As práticas corporais são ritos que imprimem ao ser humano uma certa consciência visceral do mundo, altamente estruturada, codificada, rigorosa e socializada, em que as possibilidades de escolha são limitadas a mínimos parâmetros, porque qualquer liberdade é altamente significativa e põe em risco a totalidade do sistema de ordenação do mundo.

A sociedade codifica o corpo e as codificações do corpo codificam a sociedade. São codificações lógicas e morais. Desta forma é preciso olhar com olhos de ver com respeito e dignidade as mulheres negras. Mãe Stella é um exemplo vivo desta mulher , plena de identidade e dignidade.

 
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Mulher negra e comunidade-terreiro
O papel mulher na tradição afro-descendente
Mulheres negras e mães ancestrais
O papel mulher na tradição judaico-cristã
Conclusão
Referências Bibliográficas