Conclusão
O
processo de etnocontroles excludentes se manifesta sistemicamente
em todas as direções da vida nacional. No referente à educação
este sistema age de diferentes formas. Uma é pelo não reconhecimento
das Africanidades brasileiras, das culturas e história dos Afrodescendentes.
A outra é pelo desrespeito às nossas necessidades particulares
educacionais. Acrescentando-se também pelas práticas discriminatórias
e racistas existentes no cotidiano educacional.
A
inclusão da história Africana vem como parte do conjunto das Africanidades.
Deverá permitir uma melhor formação identitária positiva dos Afrodescendentes,
permitindo assim um caminho mais igualitário para as questões
de cidadania e da democracia.
Serve
também a inclusão da História Africana nos sistemas educativos
como ponto de apoio nas práticas de combate aos racismos.
Dada
a existência dos Parâmetros Curriculares Nacionais fica aberto
o caminho oficial para inclusão da História Africana e de outros
conteúdos de interesse dos Afrodescendentes. Entretanto não basta
a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNS), são
necessárias as medidas de suporte à sua execução prática. Faltam
pesquisas, textos, formação de professores e materiais para o
início da instrução da história Africana na educação fundamental.
Lembramos que não apenas a ação no fundamental resolve a amplitude
da problemática.
Temos
ainda que afirmar que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS),
necessitam de ampla revisão para contemplar as propostas de interesse
dos Afrodescendentes a nível do ensino fundamental.