Passeatas
/ Protestos - Brasil
Caminhada,
que parte do Centro Informação Mulher, na
Praça Roosevelt, e termina na Praça da Sé,
deve reunir milhares de mulheres de todo o estado. No
dia 8 de março, 3ª feira de Carnaval, o bloco
“Adeus, Amélia!” também levará
a mensagem das feministas à população
paulista.
Em luta por autonomia e igualdade, contra o machismo e
o capitalismo, milhares de feministas sairão às
ruas de São Paulo mais uma vez para celebrar o
Dia Internacional de Luta das Mulheres. Como este ano
a data oficial caiu em pleno carnaval, o ato foi transferido
para o dia 12 de março. A concentração
terá início às 9h30 no Centro Informação
Mulher, na Praça Roosevelt (R..Consolação,
605). De lá, as mulheres caminharão pelo
centro da cidade, encerrando o ato na Praça da
Sé. No próprio dia 8 de março, o
bloco “Adeus, Amélia!” levará
a mensagem das feministas à população
paulista. A concentração terá início
às 14h, no final do elevado Presidente Artur da
Costa e Silva, o Minhocão (próximo à
Avenida Francisco Matarazzo).
econhecendo
os avanços conquistados pela luta das mulheres
e a importância histórica da eleição
da primeira mulher para a Presidência da República,
as feministas sairão às ruas para dizer
que isso apenas não basta para mudar a vida das
mulheres. “Estamos em luta diária contra
a violência sexista, pela descriminalização
e legalização do aborto, valorização
do nosso trabalho, educação de qualidade
para todos e solidárias às lutas anti-capitalistas
travadas no Brasil e no mundo”, afirmam as quase
cem organizações que convocam o ato do dia
12. Participarão do ato mulheres da capital, Grande
São Paulo e de diversas regiões do estado,
como Campinas, Sorocaba, Baixada Santista, Vale do Ribeira
e Vale do Paraíba.
Com
a manifestação, as feministas querem chamar
a atenção da população para
os principais problemas que enfrentam. Entre eles, a tentativa,
por parte do STF, de supressão de medidas jurídicas
criadas com a Lei Maria da Penha; a falta de investimento
por parte do governo estadual na ampliação
das delegacias da mulher e casas abrigos; o déficit
de vagas em creches e na educação infantil
de São Paulo; o crescimento da intolerância
e do conservadorismo, com manifestações
de violência contra lésbicas, homossexuais
e transexuais na cidade; o desrespeito a direitos trabalhistas
das mulheres; o descaso do poder público com a
reforma urbana e agrária; e a mercantilização
do corpo da mulher nos meios de comunicação,
entre outros.
As
brasileiras prestarão ainda solidariedade internacional
às mulheres de todo o mundo, tanto àquelas
que lutam na Europa contra os efeitos da crise quanto
àquelas que se batem para derrubar ditaduras ou
acabar com ocupações militares existentes,
como no Haiti.
Sobre
o 8 de Março
Em
1910, a alemã Clara Zetkin propôs, na 2a
Conferência Internacional das Mulheres Socialistas,
a criação do Dia Internacional da Mulher,
celebrado inicialmente em datas diferentes, de acordo
com o calendário de lutas de cada país.
A ação das operárias russas no dia
8 de março de 1917 é a razão mais
provável para a fixação desta data
como o Dia Internacional da Mulher. Com a revolução,
muitos direitos foram conquistados, como o voto, a elegibilidade
feminina e o direito ao aborto. Em 1922, a celebração
internacional foi oficializada e o 8 de Março se
transformou na data símbolo da participação
das mulheres para transformarem sua condição
e a sociedade como um todo.
Mais
informações para a imprensa: Comissão
de Comunicação do 8 de Março
Bia Barbosa (8151-0046); Camila Furchi (76655537 e 38193876)
e Luka Franca (8752-2369)
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