Reunião
da Comissão Executiva do Fórum Nacional de Entidades
Negras
Resoluções
- Forum 1 / Relatório
- Forum 2
/ Credenciamento
Resoluções
- Forum 1
Local: UERJ,
Rio de Janeiro Data: 9 de setembro de 2000 Resoluções
Reunião
da Comissão Executiva do Fórum Nacional de Entidades
Negras para a IIIConferência Mundial contra o Racismo - Resoluções
Local: UERJ, Rio de Janeiro Data: 9 de setembro de 2000
PARTICIPANTES:
APN: João Carlos de Souza; Articulação de Mulheres Negras: Edna
Roland (Fala Preta), Dina M. da Silva (Grupo Tez); Comitê Impulsor:
Luiza Bairros (Iyalodê); CONEN: Josina M. da Cunha (Criola), João
Costa Batista (UERJ), Osvaldo Neves (ANCEABRA), Geraldo Rocha (CEAP),
Zeca Esteves (CEAP); MNU: Domingos Maranha, Luiz Alberto. Obs: Não
compareceram à reunião os representantes da Comissão Nacional de
Comunidades Rurais Quilombolas e da CUT.
PAUTA:
1. Informes e Calendário da Conferência
2. Resoluções da Plenária de São Paulo
3. Iniciativas das entidades negras em relação à Conferência
4. Tarefas do Fórum
RESOLUÇÕES DA REUNIÃO:
# Estimular a realização de plenárias estaduais para escolha
de representantes no Fórum
- Os estados terão um prazo até 28 de outubro para realizar
suas plenárias e indicar representantes.
# Elaborar o documento alternativo ao relatório oficial
do governo brasileiro
1) Reforçar a iniciativa do CEAP - o grupo do Rio de Janeiro fica
responsável pela sistematização do documento nos vários assuntos
indicados: educação; violência e Desenvolvimento Humano; terra;
cultura; comunicação; saúde; mercado de trabalho; políticas públicas.
Para tanto, deverão ser solicitadas contribuições de especialistas
negros nestes assuntos de outras partes do Brasil, de modo a garantir
a maior representatividade possível na elaboração final do documento.
2) Cada assunto deve ser tratado de acordo com o temário da III
Conferência, abordando três aspectos principais: diagnóstico da
situação, avaliação de medidas governamentais (em relação ao assunto)
e medidas propostas. Como base para a elaboração recomenda-se recuperar
o que já existe: resoluções de encontros do movimento negro, documento
da marcha a Brasília de 95, relatório do GTI, etc.
3) Incorporar ao documento alternativo a contribuição das mulheres
negras sobre as questões de gênero e raça.
#
Realizar um Seminário Nacional do Movimento Negro
1) Indicativos de data e local: 4 e 5 de novembro ou 11 e 12 de
novembro, no Rio de Janeiro.
Objetivo: discutir amplamente o documento alternativo do movimento
negro para a III Conferência.
#
Marcar audiência com o Secretário de Direitos Humanos do Ministério
da Justiça
Objetivo: apresentar o Fórum; obter informações sobre os encaminhamentos
do governo para a III Conferência; propor a antecipação da Conferência
Nacional para novembro de 2000, visando conhecer o relatório oficial
brasileiro, antes do Chile; discutir o reconhecimento, pelo governo
brasileiro, do Comitê Internacional pela Eliminação da Discriminação
Racial.
#
Providenciar abertura de uma conta de e-mail do Fórum e a construção
de uma home-page.
Reunião
da Comissão Executiva do Fórum Nacional de Entidades
Negras para a Conferência Mundial contra o Racismo
Relatório
- Forum 2
Local:
UERJ, Rio de Janeiro
Data: 9 de setembro de 2000
PARTICIPANTES APN: João Carlos de Souza Articulação de Mulheres
Negras: Edna Roland (Fala Preta), Dina M. da Silva (Grupo Tez) Comitê
Impulsor: Luiza Bairros (Iyalodê) CONEN: Josina M. da Cunha (Criola),
João Costa Batista (UERJ), Osvaldo Neves (ANCEABRA), Geraldo Rocha
(CEAP), Zeca Esteves (CEAP). MNU: Domingos Maranha, Luiz Alberto
Obs: Não compareceram à reunião os representantes da Comissão Nacional
de Comunidades Rurais Quilombolas e da CUT.
PAUTA:
1. Informes e Calendário da Conferência
# Discussão sobre os encaminhamentos do governo federal até a Conferência
Regional, a ser realizada no Chile de 4 a 7 de dezembro de 2000.
Levando-se em conta a mudança da coordenação das ações governamentais
da Fundação Palmares para a Secretaria de Direitos Humanos, do Ministério
da Justiça, observou-se que tal mudança não implica que a Palmares
saia totalmente de cena, pois continua responsável pela realização
de pré-conferências nacionais em vários estados do Brasil, conforme
o seguinte calendário:
- 13 a 15/9 - Cultura e Saúde da População Negra - Brasília, DF
- 26 e 27/9 - Racismo, Gênero e Educação - Rio de Janeiro, RJ
- 17 e 18/9 - Cultura, Educação, Políticas de Ação Afirmativa -
São Paulo
- 19 a 21/10 - Desigualdades, Desenvolvimento Sustentável - Macapá,
AP (Comunidade remanescente de quilombo de Curiaú)
- 24 e 25/10 - Novo Papel da Indústria de Comunicação e Entretenimento
- Fortaleza, CE
- 02 a 04/11 - Cultura do Desenvolvimento, Racismo x Equidade -
P. Alegre, RS - 07 e 08/11 - Religiosidade e Imaginário Social -
S. Luís, MA
- 10 a 12/11 - Direito à Informação Cultural e Histórica; Metas
para o Brasil 2001+5
Chama
atenção o fato de que os temas propostos para as pré-conferências
estão, no geral, descolados da pauta da Conferência Mundial. Isto
faz pensar que a maior parte dos eventos não serão capazes de gerar
propostas para o documento oficial do governo que, ao que tudo indica,
está sendo elaborado por pessoas comissionadas, não necessariamente
envolvidas com o processo de discussão das pré-conferências.
#
Edna Roland, do Fala Preta, foi convidada para participar de um
seminário de especialistas, a realizar-se em Santiago do Chile na
semana de 25 de setembro. Na ocasião ela apresentará um trabalho
sobre a "Marginalização dos afro-americanos com base em raça e pobreza".
#
Foi observada a necessidade de que o maior número possível de entidades
negras se credenciem junto à ONU para participação na Conferência.
Atenção: a data limite para iniciar o credenciamento é 4 de outubro
de 2000. Na prática, as que não conseguirem se credenciar para
o Chile não poderão participar das demais atividades, como a II
Reunião do Comitê Preparatório da Conferência Mundial/PrepCom (maio
de 2001, Genebra), e a própria Conferência Mundial (31 de agosto
a 7 de setembro de 2001, África do Sul). A delegação do movimento
negro só poderá ser formada a partir das entidades credenciadas,
pois este Fórum não tem personalidade jurídica e não tem como atender
as exigências do credenciamento num curto espaço de tempo.
2.
Resoluções da Plenária de São Paulo
# Neste ponto buscou-se avaliar as definições da Plenária de S.
Paulo, como forma de melhor entender o papel que o Fórum tem a desempenhar
e fortalecer a sua capacidade interna de lidar com possíveis indisposições
entre as forças políticas que o compõem. Foram apontadas lacunas
no que se refere à composição do Fórum. Este, até o momento, funciona
como uma cabeça sem corpo, pois a Plenária não indicou encaminhamentos
quanto à realização das plenárias estaduais, responsáveis pela indicação
dos representantes dos estados no Fórum. O único estado que procurou
encaminhar a indicação de um representante estadual foi o Rio de
Janeiro, mas decidiu adiar este processo devido a dificuldades criadas
pelo período eleitoral.
#
De uma maneira geral, observou-se que a maioria das entidades foram
para a Plenária sem ter, previamente, aprofundado a discussão sobre
a Conferência, o que é compreensível dado o quadro de falta de informação
que era ainda maior naquele momento. Por outro lado, também contribuíram
para a e a falta de experiência da maioria em eventos desta natureza
em que, a rigor, o governo é o principal porta-voz das demandas
sociais.
#
A permanência do Comitê Impulsor na Executiva do Fórum também foi
debatida, considerando que este tinha se dissolvido com a instalação
da Plenária. A sua reinserção no processo pode ser avaliada como
um reconhecimento do trabalho que o Comitê desenvolveu até aquele
momento como força política, e como uma preocupação no sentido de
preservar nossas possibilidades de diálogo.
#
Outra questão levantada quanto à representação no Fórum diz respeito
às contradições que podem advir de soluções negociadas em cima de
uma dada correlação de forças que nem sempre propicia oportunidades
de ação unificada. A este propósito, observou-se que a CONEN tenderia
a substituir a representação de entidades nacionais que dela fazem
parte, limitando, de um certo modo, o espaço de expressão de suas
especificidades.
3.
Iniciativas das entidades negras em relação à Conferência
# Um dos desafios presentes do Fórum é, com base na legitimidade
que lhe foi conferida pela Plenária de São Paulo, constituir-se
numa instância capaz de fazer convergir para o mesmo leito as atividades
que entidades do movimento negro desenvolvem em relação à Conferência.
O entendimento geral é de que, isoladamente, nenhum setor poderá
transformar as possibilidades que se abrem neste momento em ganhos
concretos para o povo negro no Brasil.
#
Pelo menos duas iniciativas já produzem resultados que em muito
reforçam as ações que o Fórum tem a desenvolver. A primeira delas
é do CEAP, que já deflagrou a elaboração do documento alternativo
ao documento oficial. Para isto convocou um grupo de pessoas do
Rio de Janeiro que vão contribuir na elaboração de textos que abordem
criticamente a situação do povo negro em relação aos seguintes temas:
História, Educação, Cultura, Violência e Direitos Humanos, Terra,
Comunicação, Mercado de Trabalho, Saúde, e Políticas Públicas.
#
A outra iniciativa é a das organizações de mulheres negras que,
convocadas pelo Geledés, Criola e Maria Mulher, reuniram-se no Rio
de Janeiro de 1 a 3 de setembro. Na ocasião, foi elaborado uma declaração
sobre gênero e raça que vai nortear a participação das mulheres
negras no processo da Conferência, bem como a elaboração do de um
documento final.
#
O ENZP tem dois seminários programados com vistas à III Conferência.
O primeiro, organizado juntamente com a CONEN Bahia e Sergipe, será
realizado de 15 a 17 de setembro, em Salvador. O segundo, junto
com os Baha'i, acontecerá na semana seguinte, em Brasília.
4.
Tarefas do Fórum
# Estimular a realização de plenárias estaduais com vistas à escolha
dos representantes estaduais no Fórum Nacional de Entidades Negras.
#
Servir de elo de ligação entre as diversas iniciativas das entidades
negras para a III Conferência, de modo a potencializar os resultados
dos esforços desenvolvidos pelo movimento negro.
#
Estabelecer canais de conversação com o governo e com organizações
internacionais.
#
Realizar um seminário nacional do movimento negro, antes da realização
da Conferência Regional do Chile, com o objetivo de promover uma
discussão ampliada do documento alternativo do para a III Conferência.
#
Disseminar informações sobre a Conferência.
5.
Resoluções da Reunião
# Estimular a realização de plenárias estaduais para escolha
de representantes no Fórum.
- Existe uma certa dificuldade em encaminhar estas ações no momento
devido, principalmente, ao envolvimento da militância no processo
eleitoral. O MNU ficou responsável por propor orientações sobre
como encaminhar as plenárias nos estados, até o final de setembro.
- Os estados terão um prazo até 28 de outubro para realizar
suas plenárias e indicar representantes.
#
Elaborar o documento alternativo ao relatório oficial do governo
brasileiro
- A necessidade de um documento alternativo é urgente. Precisamos
dar um salto nas nossas preocupações com a III Conferência, saindo
do patamar do "quem representa quem" ou "quem vai falar" para definir
"O QUE FALAR".
1) Reforçar a iniciativa do CEAP - o grupo do Rio de Janeiro fica
responsável pela sistematização do documento nos vários assuntos
indicados - educação, violência e DH, terra, cultura, comunicação,
saúde, mercado de trabalho, políticas públicas. Para tanto, deverão
ser solicitadas contribuições de especialistas negros nestes assuntos
de outras partes do Brasil, de modo a garantir a maior representatividade
possível na elaboração final do documento.
2) Cada assunto deve ser tratado de acordo com o temário da III
Conferência, abordando três aspectos principais: diagnóstico da
situação, avaliação de medidas governamentais (em relação ao assunto)
e medidas propostas. Como base para a elaboração recomenda-se recuperar
o que já existe: resoluções de encontros do movimento negro, documento
da marcha a Brasília de 95, relatório do GTI, etc.
3) Incorporar ao documento alternativo a contribuição das mulheres
negras sobre as questões de gênero e raça.
#
Realizar um Seminário Nacional do Movimento Negro
1) Indicativos de data e local: 4 e 5 de novembro ou 11 e 12 de
novembro, no Rio de Janeiro.
Objetivo: discutir amplamente o documento alternativo do movimento
negro para a III Conferência.
#
Marcar audiência com o Secretário de Direitos Humanos do Ministério
da Justiça
Objetivo: apresentar o Fórum; obter informações sobre os encaminhamentos
do governo para a III Conferência; propor a antecipação da Conferência
Nacional para novembro de 2000, visando conhecer o relatório oficial
brasileiro, antes do Chile; discutir o reconhecimento, pelo governo
brasileiro, do Comitê Internacional pela Eliminação da Discriminação
Racial.
#
Providenciar abertura de e-mail do Fórum e a construção da home
page
Credenciamento
- Data Limite: 04 de outubro
ATENÇÃO: O Escritório Nacional Zumbi dos Palmares/ENZP está assessorando
as entidades do movimento negro que quiserem credenciar-se para
a conferência. Entre em contato, urgentemente, se precisar de ajuda.
A Secretaria da Conferência Mundial contra o Racismo estabeleceu
como data limite o dia 4 de outubro para iniciar o processo
de credenciamento para participar da Conferência Regional Preparatória
para a América em Santiago. Desta forma, aquelas organizações que
ainda não tenham se credenciado deveriam fazê-lo o quanto antes
possível. Todos os documentos devem ser enviados em uma das línguas
oficiais das Nações Unidas (Inglês, Francês, Espanhol, etc. O Português
não é considerado língua oficial)
O PrepCom estabeleceu um procedimento de credenciamento para rever
candidaturas de ONGs que não têm status consultivo perante o ECOSOC.
Primeiramente as candidaturas serão revisadas pela Secretaria da
Conferência Mundial para garantir que estas preenchem os requerimentos
da resolução 1996/31 do ECOSOC. A Secretaria circulará periodicamente
uma lista de ONGs candidatas para todos os Estados-membros da ONU.
Os governos terão 14 dias para rever a lista e fazer comentários
acerca das candidaturas das ONGs. Se não forem recebidos comentários
dos governos, as ONGs serão credenciadas pelo Bureau. Se algum governo
levantar uma questão concernente ao credenciamento de uma ONG, esta
terá oportunidade para responder. As questões levantadas pelos governos,
a resposta das ONGs e a recomendação da Secretaria serão encaminhadas
ao Bureau, o qual decidirá se credenciará ou não a ONG. Se o Bureau
não credenciar a ONG, a decisão final acerca do credenciamento será
feita pelo Comitê Preparatório.
As ONGs que não tenham status consultivo junto ao ECOSOC deverão
inscrever-se para credenciamento para as reuniões do PrepCom e para
a Conferência Mundial Contra o Racismo fornecendo as seguintes informações:
a.Propósito da organização.
b.Informações sobre os programas e atividades da organização em
áreas relevantes para a Conferência Mundial e seu processo preparatório,
e o país ou países nos quais eles são conduzidos. As ONGs solicitantes
do credenciamento podem ser requisitadas a confirmar seus respectivos
interesses nos objetivos da Conferência Mundial, contidos na resolução
52/111 da Assembléia Geral das Nações Unidas.
c.Comprovação das atividades da organização em níveis nacional,
regional e internacional.
d.Cópias do relatório anual ou outros da organização com declarações
financeiras e uma lista de fontes financeiras e contribuições, inclusive
contribuições governamentais.
e.Lista de membros do colegiado diretivo da organização e seus países
de nacionalidade.
f.Descrição das formas de associação à organização, indicando o
número total de membros, os nomes das organizações que são membros
e sua localização geográfica.
g.Cópia dos documentos de constituição e/ou estatutos da organização.
Os pedidos de inscrição devem ser remetidos para:
Ms. Sandra Aragon-Parriaux Office of the High Commissioner for Human
Rights United Nations,
Room PW-RS181 CH-1211
Geneva 10, Switzerland
(41-22) 917-9129 (tel), (41-22) 917-9050 (fax)
E-mail: [email protected]
(e-mail)
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