República
da África Central
veja
o mapa
Situada
no coração da África, sem saída para o mar, a República
Centro-Africana é importante via de trânsito regional
graças aos rios que cortam o território. O norte e o leste
são semidesérticos. O sul, úmido e coberto de florestas
tropicais, concentra 98% da população. Vivem no país 80
diferentes grupos étnicos. Auto-suficiente em alimentos,
a República Centro-Africana exporta café, algodão e diamantes.
Secas periódicas e ausência de estrutura moderna de transportes,
porém, dificultam o desenvolvimento econômico. Apesar
do progresso na alfabetização de adultos (60% em 1995),
tem um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano
(IDH).
Fatos
Históricos
A região é um tradicional ponto de confluência migratória
de vários grupos étnicos africanos, principalmente os
povos bantos. No século XIX, expedições francesas penetram
no território. No início do século XX, a França unifica-o
com o Chade, sob sua ocupação. A independência é proclamada
em 1958, com Barthélemy Boganda como presidente. Ele morre
num desastre de avião no ano seguinte e é sucedido por
David Dacko, seu primo. Em 1966, Dacko é deposto por Jean
Bédel Bokassa, que se autoproclama imperador. O nome do
país é mudado de Ubangi-Chari (por causa de seus rios)
para Império Centro-Africano. Bokassa institui uma Monarquia
personalista, marcada pela repressão política. Em 1979,
Dacko depõe Bokassa, que foge do país, e restaura a República.
O Estado passa a se chamar República Centro-Africana.
Em 1981, Dacko é deposto pelo general André Kolingbá,
que em 1985 anistia perseguidos políticos. Bokassa retorna
e é preso sob acusação de violência e canibalismo. Em
1987, o ex-imperador é condenado à morte, mas tem a pena
comutada para prisão perpétua - e por fim é libertado
em 1993. Nesse mesmo ano, Ange-Félix Patassé, ex-primeiro-ministro
de Bokassa, vence o pleito presidencial. Um referendo
aprova a nova Constituição.
Motins
Em abril de 1996, uma rebelião militar, que começara com
um protesto por atraso no pagamento dos soldos, deixa
12 mortos em Bangui, a capital. Tropas francesas são mobilizadas
para evitar um golpe de Estado. Os rebelados não aceitam
dialogar e a insurreição só acaba em maio, com 43 mortos.
Outro motim, iniciado em novembro (mês da morte de Bokassa),
termina em janeiro de 1997, com a formação de um governo
de união nacional e anistia aos militares amotinados.
Em abril de 1998, a ONU envia ao país uma força de paz
para substituir as tropas francesas e garantir o cumprimento
do acordo que pôs fim aos motins. Nas eleições parlamentares
de novembro e dezembro, a aliança oposicionista conquista
mais assentos (55) do que o partido de Patessé (47).
Dados
Gerais
Nome
oficial: República Centro-Africana (République Centrafricaine)
Capital: Bangui
Nacionalidade: centro-africana
Idioma: francês (oficial), sango
Religião: cristianismo 50% (protestantes 25%, católicos
25%), religiões tribais 24%, islamismo 15%, outras 11%
(1985)
Moeda: franco CFA
Cotação para 1 US$: 606,00 (jul./1998)
Geografia
Localização: centro da África
Características: extenso planalto (maior parte), separando
as bacias do Chade (N) e do Congo; maciços montanhosos
(L e O)
Clima: equatorial (S), tropical (Centro e N)
Área: 622.436 km²
População: 3,5 milhões (1998)
Composição étnica: baias 34%, bandas 27%, mandiás 21%,
sarás 10%, umbuns 4%, umbacas 3%, carês 1% (1996)
Cidades principais: Bangui (524.000), Berbérati (47.000),
Bouar (43.000), Bambari (41.000), Carnot (41.000) (1994)
Patrimônios da Humanidade: Parque Nacional Manovo-Gounda
St. Floris
Governo
República com forma mista de governo.
Divisão administrativa: 17 prefeituras.
Chefe de Estado: presidente Ange-Félix Patassé (MLPC)
(desde 1993).
Chefe de governo: primeiro-ministro Michel Gbezera-Bria
(independente) (desde 1997).
Principais partidos: Movimento pela Libertação do Povo
Centro-Africano (MLPC), União Democrática Centro-Africana
(RDC).
Legislativo: pluricameral - Assembléia Nacional, com 85
membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos;
Conselho Econômico e Regional (50% eleitos pela Assembléia
e 50% indicados pelo presidente); Conselho de Estado.
Constituição em vigor: 1995.
Economia
Agricultura: café (15 mil t), pluma de algodão (22,4 mil
t), caroço de algodão (26 mil t), tabaco (498 t), mandioca
(578,7 mil t), cará (340 mil t) (1997)
Pecuária: bovinos (2,9 milhões), suínos (596 mil), ovinos
(191 mil), caprinos (2,2 milhões), aves (3,6 milhões)
(1997)
Pesca: 13,5 mil t (1995)
Mineração: diamante (470 mil quilates) (1996)
Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, móveis, têxtil,
papel e derivados
Parceiros comerciais: França, Bélgica, Luxemburgo, Camarões,
Alemanha, Japão, Suíça
Relações
Exteriores
Organizações:
Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, OUA
Embaixada: 1618, 22nd Street NW, Washington D.C. 20008,
EUA
tel. (202) 483-7800, fax (202) 332-9893 |